Aqui estou eu na multidão, não me sinto vivo, mas sim perdido neste mar de almas. Sei que vivo, pelos sons das almas que aqui procuram se encontrar e fazem despertar um corpo de espírito adormecido.
E no meio de tantas vozes, uma só ficou...
Aquele som, a minha alma acordou.
Os olhos perderam-se na sua beleza e o corpo deixou de responder.
O coração batia forte e os lábios pararam...
Um sorriso...
Ouvi a voz, mas não percebi as palavras. Os minutos passaram e pareceu uma eternidade.
E no fim, como que acordando de um sonho, apenas restou um pedaço de papel com um numero.
Com medo de o perder, guardei-o no porta moedas. Sei que me vou lembrar. Se assim o perde-se, era sinal que nada tinha de pagar. Mas não era bom, se o numero eu fosse perder.
Perdia a oportunidade de ouvir novamente a sua voz...
As palavras que podiam aquecer o meu coração, perdiam-se porque ficava mais rico. Mas a minha alma continuava pobre, pela falta do som da sua voz.
Vou ter de gastar as minhas moedas, e ficar dono de uma riqueza maior. Porque o amor não deixa ninguém na miséria. Quem ama e é amado, pode gastar o amor à vontade, que ele não acaba.
E assim bastou uma moeda, com ela comecei a amar quem já amava e nunca mais senti a falta da sua voz.
A partir daquele momento, na multidão podia andar, sem me sentir perdido. Porque pela mão, eu o amor segurava e a sua voz a minha alma guiava...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
O som do amor.
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