quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O som do amor.

Aqui estou eu na multidão, não me sinto vivo, mas sim perdido neste mar de almas. Sei que vivo, pelos sons das almas que aqui procuram se encontrar e fazem despertar um corpo de espírito adormecido.
E no meio de tantas vozes, uma só ficou...
Aquele som, a minha alma acordou.
Os olhos perderam-se na sua beleza e o corpo deixou de responder.
O coração batia forte e os lábios pararam...
Um sorriso...
Ouvi a voz, mas não percebi as palavras. Os minutos passaram e pareceu uma eternidade.
E no fim, como que acordando de um sonho, apenas restou um pedaço de papel com um numero.
Com medo de o perder, guardei-o no porta moedas. Sei que me vou lembrar. Se assim o perde-se, era sinal que nada tinha de pagar. Mas não era bom, se o numero eu fosse perder.
Perdia a oportunidade de ouvir novamente a sua voz...
As palavras que podiam aquecer o meu coração, perdiam-se porque ficava mais rico. Mas a minha alma continuava pobre, pela falta do som da sua voz.
Vou ter de gastar as minhas moedas, e ficar dono de uma riqueza maior. Porque o amor não deixa ninguém na miséria. Quem ama e é amado, pode gastar o amor à vontade, que ele não acaba.
E assim bastou uma moeda, com ela comecei a amar quem já amava e nunca mais senti a falta da sua voz.
A partir daquele momento, na multidão podia andar, sem me sentir perdido. Porque pela mão, eu o amor segurava e a sua voz a minha alma guiava...

Sem comentários:

Enviar um comentário