segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Começou mais um ano...

Gosto de pensar que o próximo ano vai ser melhor do que aquele que acabou. Por isso, todos anos no dia 31 de Dezembro faço sempre o mesmo exercício, analiso o que foi o ano que passou.
Existem coisas que têm a qualidade triste de nunca terem acontecido, e entre essas coisas que nunca acontecem a que está destacada no topo da lista é o facto de nunca me sair o primeiro prémio no Euromilhões. Penso que vou viver sempre com esta situação por resolver, mas não desespero por isso e continuo a viver com o pensamento que dinheiro só aparece com trabalho.
Existe outro assunto que espero que todos os anos possa tomar outro rumo. Não! Não estou a falar de arranjar alguém que queira descobrir a pessoa que realmente sou. Mas sim que deixe de ser careca, gordo e feio e que consiga ter cabelo comprido(outra vez...), que consiga ter o peso ideal e mais bonito...
E todos os anos continuo a ser o feio que sempre fui e o careca que sou, mas a parte de recuperar o peso ideal isso acredito que consiga para o ano que agora começa, tal como acreditei no inicio do ano que agora acabou. Este assunto que se tornou num dos objectivos pessoais com mais taxa de falhanço nos últimos anos, têm de se resolver!
E não é por os anos de vida que fazem com que o meu corpo não recupere das mazelas de muitos anos de desporto, que alguma vez vez na vida vou desistir de tentar me sentir bem com o meu corpo. Para já tenho de começar a tentar correr...
Nem que seja mais devagar. Porque a falta que me faz nem é física, é mais psicológica...
Correr para mim sempre fez parte de quem sou na realidade, desde a minha infância que me lembro que a correr era onde me sentia feliz. E a pessoa que sou hoje, devo-a em parte ao facto de sempre ter levado o desporto como um modo de vida.
Para o próximo ano também tenho um sonho guardado há muito tempo, que quero ver se consigo concretizar. Sonho esse que alimenta a minha imaginação quase todos os dias e que depois se perde, uma vezes por falta de tempo e na maior parte das vezes por não acreditar que o consigo realizar. Sendo assim, prometo a mim mesmo que este ano que começa vou tentar escrever as histórias que vivem na minha imaginação. Vou tentar pôr em letras o que vagueia por esta mente, sem querer que isto seja bom, de certeza que me irá fazer sentir bem.
Para terminar agradeço o facto de ter começado este blog, que foi como um medicamento para os momentos que precisei de forças para ir em frente.
Enfrentando tanto...
Tanta tristeza ,dor e desalento...
Aqui com esta escrita de menino de escola, consegui deixar as fraquezas, as dores, as tristezas e sair à rua com a cabeça erguida com a força de um gigante. Muitos foram as horas em que as palavras saiam como pingos de chuva, que me acordavam e me faziam ver que esta vida vale muito...para que não a queiramos viver.
Mais um ano para viver, de que estamos espera, vamos a isso...

sábado, 29 de dezembro de 2012

Triangulo


A natureza e os nossos sentidos.

A cada passo o olhar perdia-se na paisagem, os sons da natureza invadiam os meus ouvidos e aquele caminho longo transformou-se numa viagem deslumbrante.
Há muito que não aventurava os meus sentidos pela beleza dos campos e das florestas e senti naquele dia a falta que me fazia encher o espírito com o encanto que a natureza transmite na vida dos seres que nela vivem. Os pássaros que com as suas canções bailam por entre os ramos das árvores e as nuvens que passeiam pelo céu azul, fazem da natureza a opera da vida. Sinto-me uma personagem deste enredo, com o papel de um simples figurante, sou naquele momento o homem mais feliz do mundo.
Participar neste espectáculo é um privilégio que agradeço aos sentidos. Sem eles, as cores que a luz cria com as nuvens e os sons que o vento faz com as árvores, perdiam-se para uma alma que caminha ao encontro do seu destino.
E com a deslumbrante beleza da natureza, assim cheguei a um dos meus destinos.
Um caminho longo e difícil transformou-se numa passadeira vermelha, mas não me senti uma estrela que brilha perante o flash. Fui mais um fotógrafo sem máquina que teve no olhar o retrato mais belo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O amor recomeça...

A dificuldade em começar a amar é muita.
Quando se começa amar
existe uma entrega total de duas pessoas,
então é bom....
muito belos e felizes esses momentos são.
Quando um já não consegue fazer essa entrega total,
o amor começa a desaparecer
e os momentos tristes começam.
A vida segue
e o amor irá começar....
sempre mais difícil
depois de uma vez acabar.

Vive borboleta.

Como se segura uma borboleta?
Pelas asas ou pelo corpo...
Como se pode segurar a beleza, quando a melhor maneira de a prender é apreciando-a....
Com o olhar, devo eu prender a beleza de uma borboleta à minha alma. E deixar o bater das suas asas espalhar felicidade por aqueles que conseguem ver na beleza de uma borboleta a razão de existir vida.
A vida têm na liberdade a sua mais nobre condição. E uma borboleta é um expoente máximo do que é ser livre e belo.
Vive a vida apreciando o que é belo e sê livre...

Mensagem de Natal

Estou a pensar que o Natal une as pessoas, quando se encontram durante as últimas compras, quando vêem escrever ou ler uma mensagem no face e por fim durante um jantar com as pessoas que gostam. Espero que seja sempre assim durante todos os dias do ano, porque a felicidade sem partilha não têm significado. Por isso desejo uma continuação de bons dias para todo o nosso viver. Bem hajam!

O natal pode ser...

Eu gostava de conseguir descrever em três palavras o natal, mas não consigo. Para mim esta época não se descreve, vive-se e sente-se.
Quando em pequeno a vivi, senti muitas vezes tristeza e descontentamento. Porque depender de alguém para que através de uma prenda, na esperança que seja a que sonhamos, nos sintamos felizes. Então o mais certo é que a sua vivência se torne mais dolorosa, ao ponto de nos entristecermos com o facto do Pai Natal não se ter lembrado de nós, mesmo depois de nos termos portamos bem.
Esta magia perde assim o seu efeito e o natal, para quem acreditou na fantasia desta quadra, passa a ser a altura em que na mesa se encontra uma bela refeição e muitos doces. Deixando de acreditar que se vai receber como prenda um brinquedo, para se ter a certeza que vamos receber umas peúgas e umas cuecas.
Não que isto seja mau, porque quando nos habituamos a estas prendas o nossos sonhos passam a ter como cenário o degustar dos doces, que nesta época têm a horrível ideia de aparecerem nas mesas. Mesmo que andemos um ano sem nos apetecer comer esses horríveis doces que levam a que qualquer dieta fique esquecida, pelo menos nesta altura eles sabem muito bem e o prazer que dá trincar um sonho leva a que qualquer prenda que se receba seja sempre boa.
Para mim o Natal significa partilha, e não penso que nada substituía a nossa presença junto das pessoas que amamos pela maior prenda do mundo. Estar feliz junto destas pessoas a partilhar a nossa felicidade com eles, vale mais que que toda as prendas juntas. Isto não significa que eu não goste de oferecer prendas, mas sinto que elas têm que ter mais valor pessoal do que monetário. Uma prenda boa nem sempre é a mais cara, mas sim aquela que vai fazer a outra pessoa feliz.
Por isso se existirem três palavras para descrever o natal, elas tinham de ser: Felicidade, amor e muita fantasia...

Vitral colorido


Santuário


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A vida continua...

Tudo têm uma lógica de ser...
Tudo têm uma razão,
menos os boatos e o mal dizer.

Quanto se espera amor,
Uns lutam e sofrem...
Outros provocam caos e dor.

Do dano perdem memória.
E morre alguém.
Mais um fim de uma história.

Mais um monte de tristezas,
e subir é fácil.
Na triste das profundezas...

Constrói a alma uma muralha,
feita de lágrimas,
de um espírito em palha.

A bicicleta encosta na parede,
perde o céu sua festa,
e brilham nuvens sem sede.

A esperança demora a regressar.
Espera por uma ponte,
que o deixe passar.

De lá veio empurrado,
pela rude final do jogo.
Onde só um foi derrotado.

Sentado espera pela abelha.
A flor sem água murchou,
mas para o fogo têm centelha.

O peregrino vai para estrada.
O monte desce,
a vida renasce pela alvorada.

A sua história continua.
Já o seu dia o sol ilumina,
uma vida que agora é sua...









segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mais um momento durante a viagem...

Estava eu na paragem da Estação do Nosso Sentido de Viver, quando eu deparo com estas três chaves...
Todas elas nos podem abrir uma porta, mas não podemos querer fazê-lo ao mesmo tempo, temos que fazer uma de cada vez. Para que ao abrirmos uma porta, o nosso caminho fica livre para podermos abrir a outra, e depois a outra... mais outra, e outra...
No contínuo abrir de portas no caminho para a nossa luz..

E aqui partilho as chaves que encontrei para que possam também abrirem as vossas portas.

1ª Chave " O primeiro a pedir desculpas é o mais corajoso."

2ª Chave " O primeiro a perdoar é o mais forte."

3ª Chave " O primeiro a esquecer é o mais feliz."

Como as chaves são para todos pensei em partilhar com um universo de pessoas que procuram no planeta Facebooking a descoberta para uma vida mais completa. E com estas palavras mostrei a minha descoberta:

Quando se consegue estar nestas três fases...é porque esse alguém merece tudo.


Logo uma amiga minha, complementou, comentando:
"Grandioso em espírito isso sim"

O qual eu respondi:
"Eu costumo pensar que ainda não cheguei a esse patamar...porque o mais difícil por vezes é esquecer!"

E ela me disse:
"Sem duvida e quando lá se está a chegar , também chega a hora da partida."

Complementando eu, com:
"Essa está reservada para todos....não importa se lá chegamos, mas sim não desistir de tentar."

A minha amiga ressalvou que:
"É tentar e tentar e tentar e não cansar certo."

Então reflecti e escrevi:
"Eu penso que o problema das pessoas não é cair, é quando se levantam ficam com medo de cair...Mas temos de nos levantar-mos sempre e continuar a caminhar nesta vida."

Concluindo a minha amiga com:
"No meu pouco pensar, acho que o cair e saber levantar é que nos fortalece."

Com esta partilha de pensamentos, tive assim um daqueles momentos, que fazem bem a qualquer pessoa. E quando temos desses momentos, acho que os devemos guardar. Por isso, aqui o guardei, na minha arca...aquela que me dá força para poder querer abrir muitas portas.


Um momento durante uma viagem.

Existem dias em que não me apetece escrever, e quando assim é, faço uma viagem. As viagens que gosto de fazer são muito baratas e dá para viajar para muito longe. O mundo que me proporciona essa vantagem é muito vasto e complexo, onde a aprendizagem dá-lhe a razão de ser o Santo Graal do conhecimento.

Por isso, andava eu a viajar pela Web, quando me deparei com uma frase que me fez reflectir, e a identifiquei com o que se passa no nosso quotidiano. Assim sendo, achei que a devia partilhar com os amigos que tenho no Mundo Facebookiano.
A frase era a seguinte:

"Hoje em dia as pessoas sabem o preço de tudo e não sabem o valor de nada"

Com isto pensei que tinha partilhado uma ideia do que penso, do que passa na nossa sociedade. Se pouco podia esperar, melhor fiquei quando uma amiga minha comentou esta frase. Sendo assim, aqui vou vos presentear com o momento daqueles que fazem da minha passagem por aqui, uma boa razão de ser...

Amiga: O ser humano, só dá valor ao que o dinheiro compra, ó seja, a fachada, o que o dinheiro não compra eles não sabem dar valor, pois não têm para oferecer..........

Eu: Concordo plenamente....por vezes queremos comprar o amor, a amizade e a admiração e isso tudo, se quisermos, temos de graça.

Amiga: É uma conquista, mas para tudo isto, temos de saber dar para poder receber, caso contrario não valeu de nada esta passagem terrena .... na minha opinião

Eu: Eu sou daqueles que não gosto que me peçam para dar...eu vou dar na mesma, não precisam pedir!

Amiga: Um simples sorriso faz a diferença e não precisam pedir.

Eu: É essa a magia do ser humano...dar o nosso melhor. E um sorriso é um espelho da nossa felicidade, mesmo quando ela não é muita...podemos partilhar com todos

Amiga: Adoraria que todo o ser humano o entendesse e o partilha-se ...

Espero que a minha amiga não se zangue comigo, pois o que fiz foi partilhar o bom momento que passei naquele mundo onde as pessoas por vezes procuram o que podem encontrar mesmo a seu lado...
Não os condeno nem julgo por isso, mas que direito tenho eu para o fazer quando por ele descarrego as minhas alegrias e os meus sentimentos.
A minha amiga, um muito obrigado pelo momento....

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Grua


Grua

Também chamada de guindaste universal de torre, é um equipamento desenvolvido para auxiliar no transporte de cargas, tanto na horizontal como na vertical, tendo sido criada bem antes da 2ª.Guerra Mundial na Europa foi mantida a sua concepção inicial sem grandes alterações até os dias de hoje. Desta forma podemos dizer que é um equipamento de grande durabilidade e versatilidade, tendo manutenção adequada, poderá ser utilizado por várias décadas.


Definição tirada do Wikipedia

Cavalinho


A uma mesa

Quando numa mesa, se consegue por pratos com comida e pessoas à volta, existe uma coisa que sempre surge nesse momento. E essa coisa faz parte desse momento, porque nunca vi a uma mesa de refeições não surgir uma boa conversa.
E quando se almoça ou janta, existe sempre um tema para uma conversa, mesmo que nesse momento as pessoas que ali estão não se conheçam. Costumo pensar que todas as guerras e disputas poderiam ser resolvidas com as pessoas sentadas numa mesa com comida, porque enquanto comiam e bebiam iriam perceber que talvez tivessem mais em comum do que pensavam. Por isso, todas as discussões durante uma refeição costumam terminar num brinde. E mesmo, que por vezes não se concorda, ninguém se levanta da mesa por uma questão de educação.
Neste momento social de partilha, onde se fica a conhecer melhor as pessoas, muito se aprende. E por vezes o conhecimento que recebemos acerca de algum assunto é de tal maneira surpreendente, que não levamos a sério o que por vezes poderia nos enriquecer como pessoas. É claro, que as garrafas de vinho têm influencia na veracidade de alguns temas e nos ouvidos dos que deviam acreditar e já não têm capacidade racional para aceitar um possível bem intelectual. Mas como nem tudo o que pode luzir é ouro, mais vale ficar de pé atrás acerca de qualquer facto que fuja a sua normalidade.
Sei que o faço também, mas por vezes por uma questão de curiosidade, investigo em fontes diferentes um qualquer facto que me parece mais interessante. Nesse sentido, e num jantar entre colegas, surgiu no ar uma frase que gravei na minha mente: " As galinhas são dinossauros". Se na altura me pareceu ridículo o sentido da frase, depressa me pareceu interessante perceber o que era uma galinha.
Seria um dinossauro?
Parecia difícil de aceitar essa definição de galinha, mas após uma pesquisa pela web, surgiu como um dos possíveis resultados uma noticia com o seguinte titulo:
"Galinhas descendem dos dinossauros T-Rex"
Fiquei um bocado surpreendido,e percebi que aquela frase sem lógica era baseada em factos científicos. Afinal era conhecimento puro e não divagação inspirada por uma garrafa de vinho. Reparei que tinha perdido a oportunidade de poder explorar um tema, só por o ter achado surpreendente e um bocado inesperado para a altura. E também porque os temas debatidos não englobavam, nem galinhas e nem dinossauros.
Da próxima vez que estiver a tentar acabar com uma guerra numa boa refeição, bem regada com o néctar dos deuses. Vou ter em atenção, se algum dos meus comparsas daquele momento de pura confraternização social, não me explica como consigo eu fazer a multiplicação da felicidade. Se alguém durante estes momentos me dizer que ser feliz é comer e beber entre amigos, eu vou ter de acreditar. Porque se existe momento em que podemos estar bem, então é estar com as pessoas que gostamos a fazer aquilo que nos faz sentir bem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cowboy


Vazio de amor

Sussurro ao ouvido a bondade,
dou a entender a gratidão.
Peço desculpa pela seriedade,
das palavras que saem do coração.

Em cada momento uma sensação,
de fascínio pela sua beleza.
Que ilumina a rude natureza,
cega pela animalesca paixão.

Dura de tanto sofrimento,
de pancada emocional sofrida.
É o Currículo de uma vida,
que ao amor deu esquecimento.

Meteu dentro de um baú e fechou,
os encontros de pele falhados.
E são tantos os que foram perdoados,
como aqueles que nunca perdoou.

Briga campal

Andava eu, lá pelos campos,
quando a Maria mandou para o céu:
"A cada cabeça seu chapéu,
a um costado cem mantos."

Imaginem o "Zé do corno",
ouvir tal coisa calado.
Dizendo sem cuidado:
" A cada cambalhota seu forno!"

Com isto, foi acontecer,
que a labuta fosse parar.
Para a Maria o mandar,
para o trabalho se cozer.

E o Zé sem se calar,
logo o troco lhe deu.
"- Vais tu e não eu,
e podes lá ficar.

Com os dois aos gritos,
a coisa se azedou.
Mas mal o patrão chegou,
ficaram ambos aflitos.

A faina logo recomeçou.
O patrão já lá estava,
nada mais se cantava.
E o dia, lá continuou.






domingo, 9 de dezembro de 2012

Ramos


O sitio onde também escrevo

O mesmo sitio, a mesma hora e as mesmas pessoas. Sempre que posso, aqui estou, aqui me sinto bem. Faço as mesmas coisas sem ser pela mesma ordem, e espero o tempo passar sem dar por ele.
Existem momentos que repetimos sem dar por eles, como tarefas automáticas executadas por uma máquina. Mas esta máquina que é a minha pessoa, executa esta tarefa sem esperar um resultado, sem querer chegar a algum lado, aqui vêm numa lógica simples. Porque me sinto bem e gosto dos sons que oiço, do que vejo e do que levo quando me vou embora.
Um dia sem aqui vir não é um dia perdido, mas os minutos que aqui não consigo contar, sossegam-me a alma. Um momento confortável passado onde gostamos de dar um pouco de nós, faz com que recebemos ainda mais. A minha presença pode dar aos outros tanto quanto a minha ausência, mas o que levo quando saio, nunca eu receberia se aqui não fizesse deste momento um pedaço do meu dia.
E ter esse privilégio é algo muito simples e ao mesmo tempo complicado. Quando escuto e vejo o que aqui me rodeia, a minha alma relaxa e sossega das preocupações que o meu viver me dá. Não destruo o pensamento com cálculos racionais da minha gestão diária, mas também não dou uso a sua função mais importante.
A que me faz ser quem sou, a energia do meu descontentamento, aquela que me faz querer ser mais do que sou e não me deixa descansar à sombra da comodidade do meu viver. Essa que cultivo de sol a sol, lançando as sementes para os terrenos férteis do meu mundo. Um mundo só meu, onde a imaginação constrói as minhas fantasias.
Por isso, aqui neste recanto onde encontro a serenidade e o sossego, deixem só de escutar e ver. E comecei também a escrever.
E assim apareceu este monte de palavras, no café que frequento todos os dias.
E sabendo que em mais dias este momento irá acontecer, acredito que mais palavras amontoarei.
Sei que posso dar algo a quem lê o que escrevo, mas não o faço por isso. Eu escrevo porque sinto a minha alma feliz quando o faço, dou o que poderia guardar para mim e assim espero dar um pouco da minha luz a quem lê o que escrevo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

O prazer de beber um café.

Será que existem prazeres que nos devíamos privar?
Não!
Porque ter o prazer de beber um café bem quente é de tal maneira bom que não vale o esforço evitar que tal aconteça. A chávena quente que aquece a mão fria e o aroma que deixa um sabor meloso na boca são como um medicamento. Não cura doenças, mas dá vida a qualquer alma sem vontade de enfrentar as agruras de viver neste tempo de dificuldades sociais e económicas.
Por isso, é fácil ver muitas pessoas que não conseguem começar o seu dia sem beber um café. Parece que se não houvesse café, as pessoas ficavam paradas, a espera que o dia passasse. Não vai acontecer, o mundo não vai parar, porque o café ainda não acabou. Na realidade, o acto de prazer que é beber um café, só se torna um problema quando começa a fazer parte de todos os momentos de um dia. Beber um ou dois cafés por dia, não significa que vá fazer mal, mas quando esse número aumenta muito então devemos equacionar deixar de beber café. Gradualmente, para que a dependência da necessidade da cafeína não se torne penosa. E assim deixar voltar o prazer de beber um café e por de lado o vício de o fazer.
Concluído, penso que não devemos nos privar de um prazer, mas sim não transformar esse acto bom em algo nocivo para a nossa saúde.

O quadro da sala de aula...


Crucifixo


Momento de ser

Sentindo que nada faz sentido.
Vendo o amanhã ao longe.
Sei que sou um menino,
a praticar para monge.

Nesta vida eu dou tudo.
Sinto que estou dormente.
Por vezes sou um surdo,
e noutras torno-me gente.

E sempre com perseverança.
E paixão de viver com alegria,
um sonho de uma criança.

Mais que tudo sou alguém.
Sou um homem que se cria,
crescendo a praticar o bem...

Razão de ser

Não sei o que posso fazer por mim,
mas sei o que posso fazer pelos outros.

Eu sou assim....
Gosto que a minha volta,
se sintam bem.
E quando não consigo, sinto revolta!
Sinto-me frustrado!
Sem forças,
desamparado.....

E numa luta interior,
busco forças no meu ser.
E após muito ardor,
só um sorriso consigo fazer.

Mas após uma breve reflexão,
um olhar profundo,
pela beleza do nosso mundo.
Como posso eu?
Dizer não...

Negar a possibilidade de fazer algo,
de dar o meu EU,
a quem me rodeia.
Fazê-los sentir numa boa onda,
fazê-los rir,
fazê-los exprimir a sua luz.

Que mais se pode pedir,
a uma alma que busca jesus.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Morrer de amor

Era um homem,
trabalhador...
Honesto,
e honrado.

Só tinha um amor,
amava a sua mulher.
Parecia ser amado,
o meu vizinho.

Certo dia,
vindo do trabalho,
a caminhar com grande alegria.
Entrou em casa,
e logo reparou,
que estava a ser enganado.

No silêncio ficou...

E de repente,
não foram duas nem três.
Ignorando o que se passava,
porta fora saiu.

Já não havia nada a fazer,
mesmo que quisesse,
não valia a pena sofrer.

Lá foi andando pela estrada.
Sempre a pensar...
Na sua amada.
Ia ele pensando,
como a deixaria de amar.
Poderia viver...
Mas não devia morrer.
A sua vida não tinha que acabar...


O medo de um pobre

Fria...
A noite em que sinto,
o vento a bater.
Nas chapas de zinco.

O medo...
Apodera-se de mim.
A barraca empobrecida,
já não dá conta de si.

E o receio aumenta,
porque o vento
me quer destruir
e levar o meu alento.

Miserável...
Mas mesmo assim.
Bastante aceitável,
para mim...

O silencio da idade

Os ruídos que oiço.
São os gritos da humanidade,
que já têm idade,
para falar a verdade.

Quanto mais se grita,
mais se mente,
e ninguém acredita na gente.

Não gritem, por favor!
Dêem-me esse louvor.

Sei que têm amor ao próximo,
que têm dignidade para respeitar,
o de maior idade.

Ele sabe da vida...
Ele já viveu...
Ele já fez a lida...
Ele já cresceu...

Têm a experiência da vida.
Dêem obediência aos conselhos dados,
por uma consciência.
Que já leva muitos anos passados.

Não gritem!
Estejam calados!

Quero pensar na vida.
Que ainda vou viver,
aproveitar a diária lida.
Até um dia morrer...


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nostalgia


Eu o poeta

Eu o poeta que tento ser.
Um intelectual de grande postura,
escrevendo no mais harmonioso escrever,
quero eu para um problema ter cura.

Por isso, já devem estar a calcular,
quantos problemas eu já resolvi.
Porque quando em palavras estou a pensar,
tanto penso nelas como em mim.

Se isto é um dom que eu tenho,
então é bom possuir tal qualidade.
Que me ilude dentro da rude verdade.

Por isso, quando preciso aqui venho,
ler sobre o que me veio da inspiração,
tão quente, como está o meu coração.

Busca da paz interior

Sereno...
Violento!
Na imagem que em si,
se propaga.
Sentimento de amor puro,
que invade do seu espírito.
Sente no coração,
a paz fraterna.
Busca o infinito,
para atingir a luz eterna.

O som do amor.

Aqui estou eu na multidão, não me sinto vivo, mas sim perdido neste mar de almas. Sei que vivo, pelos sons das almas que aqui procuram se encontrar e fazem despertar um corpo de espírito adormecido.
E no meio de tantas vozes, uma só ficou...
Aquele som, a minha alma acordou.
Os olhos perderam-se na sua beleza e o corpo deixou de responder.
O coração batia forte e os lábios pararam...
Um sorriso...
Ouvi a voz, mas não percebi as palavras. Os minutos passaram e pareceu uma eternidade.
E no fim, como que acordando de um sonho, apenas restou um pedaço de papel com um numero.
Com medo de o perder, guardei-o no porta moedas. Sei que me vou lembrar. Se assim o perde-se, era sinal que nada tinha de pagar. Mas não era bom, se o numero eu fosse perder.
Perdia a oportunidade de ouvir novamente a sua voz...
As palavras que podiam aquecer o meu coração, perdiam-se porque ficava mais rico. Mas a minha alma continuava pobre, pela falta do som da sua voz.
Vou ter de gastar as minhas moedas, e ficar dono de uma riqueza maior. Porque o amor não deixa ninguém na miséria. Quem ama e é amado, pode gastar o amor à vontade, que ele não acaba.
E assim bastou uma moeda, com ela comecei a amar quem já amava e nunca mais senti a falta da sua voz.
A partir daquele momento, na multidão podia andar, sem me sentir perdido. Porque pela mão, eu o amor segurava e a sua voz a minha alma guiava...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Adormecer...

Eu quero dormir
Fecho os olhos
Tudo preto
Desapareceu a cor
Abro os olhos
Vejo cores e luzes
Sinto a paz
Mas fecho os olhos
Oiço a rua
A fazer barulho
Silêncio e escuridão
Sinto calor
Mexo as pernas
Fico frio
Penso em algo
Rodo o corpo
Alívio a mente
Sinto a respiração
Oiço o bater
Do meu coração
Olhos fechados
Em paz estou
Ai vou eu
Junto as mãos
Aperto as pernas
Começo a cair
Para o reino das nuvens
Começou a viagem
Para um país
De sonhos e alegrias

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Dentro de um sonho


O pouco tempo que temos.

Quando espero não tenho tempo...
Quando me despacho, parece que o tempo me sobra.
Mas a espera não faz o tempo desaparecer, apenas faz com que ele não chegue.
Quando se espera numa fila de trânsito, não temos tempo para chegar a horas ao nosso destino.
Quando se espera na fila do supermercado, não temos tempo para fazer o jantar a horas. E sempre que queremos fazer algo a determinada hora, qualquer que seja a espera faz o nosso tempo desaparecer. O tempo nunca poderá chegar se a nossa programação diária não equacionar a espera como factor negativo a sua execução. Mas se a espera entrar como factor para o sucesso de um dia bem programado, então o tempo terá de ser equacionado pela demora da espera. Deixa de existir uma hora certa para aquilo que queremos fazer. E passamos a viver de acordo com o tempo que esperamos.
Parece ser uma boa maneira de viver. Ao vivermos o nosso dia sem stress o nosso corpo não sofre as pressões que a ansiedade provoca.
Mas tudo o que é bom, também têm um lado mau.
Se o homem não têm objectivos o ser humano não evolui. Passamos a ficar parados, a espera que as coisas aconteçam, quando podemos provocar a sua resolução.
A evolução do ser humano não pode esperar porque o tempo que temos pode não chegar...

domingo, 2 de dezembro de 2012

Um sonho para a vida continuar...

Deveria conseguir dormir e não consigo...
Deveria poder sonhar e não posso...
Aqui estou eu, a olhar para o escuro que habita o meu quarto. Onde a luz que passa nos buracos dos estores me fazem sentir vivo e as vozes que oiço lá fora me fazem sentir desperto para uma vida que me espera.
O tempo passa e já não sobra.
Eu tenho de dormir porque já não consigo sonhar acordado. Os sonhos que tenho quando estou de olhos abertos, cegaram-me a esperança de um dia se poderem realizar. Os planos de uma vida futura melhor são cada vez mais difíceis de elaborar.
Por isso tenho de mergulhar no meu inconsciente e procurar a luz que me poderá acender a vela. Essa que me guiará pelo caminho que me espera lá fora e me irá deixar seguir até ao meu destino. Eu preciso que o brilho daquela luz me mostre onde posso dar os meus passos, para que a incerteza de poder lá nunca chegar, me tire a vontade de continuar.
Vêm sono que eu preciso de ti.
A minha força de viver está no limite, este guerreiro da vida está a ficar cansado das lutas. As vitórias já não fazem esta alma brilhar com o orgulho de viver. Os momentos felizes deixaram de ser o vento que sopra na vela e tornaram-se na âncora deste barco, que prefere ficar ancorado num porto seguro, em vez de enfrentar as tempestades do oceano da vida.
Conseguir fazer com que este navio navegue pela vida, deixou de ser tarefa fácil. Por muito que o céu estrelado esteja, já estes olhos cansados de ver tanta tristeza, conseguem descobrir na sua imensidão a estrela que o guiará.
Como cansados estão, eu os fecho. Na esperança que a viagem no meu inconsciente comece...
Fico em paz com a minha consciência e relaxo na minha capacidade de analisar os acontecimentos que vivi. E espero serenamente pelo momento em que a minha alma ira deixar o meu corpo descansar.
E adormeço...
Quando acordar vou estar pronto para enfrentar a vida e viver os momentos deste caminho com o sabor da vitória.
Que e estar vivo...

A máscara


Poder de ser humano...

Poder de dar,
de ter...
É ser capaz de doar,
o não precisado.
Poder...
É ser capaz de perdoar,
para ser perdoado.

No fatal currículo penoso,
inéditamente humano,
sinceramente pessoa na sociedade.
Para ser orgulhoso,
evitando a verdade,
tornando-se o homem um ser profano.

Escolhas versus desculpas

Por vezes penso que no que seria de mim, se aqui a uns anos tivesse escolhido outro caminho.
Será que estaria a viver de uma maneira mais pacifica, ou provavelmente estaria ainda pior. Este tipo de dúvida atinge qualquer pessoa, que por alguma situação a vida começa a ficar-lhe penosa. É fácil pensar na possibilidade de algo melhor quando temos pela frente um problema que deriva da vida que escolhemos, e aí começamos a fazer o seguinte exercício mental: se eu tivesse feito isto ou se tivesse dito aquilo...agora não tinha isto e não me acontecia assim desta maneira.
Podíamos prolongar o exercício durante o tempo que quiséssemos, mas a pura das verdades, é que as coisas que nos acontecem não são a consequência das nossas escolhas. Mas sim o resultado da maneira como vivemos as nossas opções.
Nunca devemos seguir por um caminho por pensar que é o melhor, mas sim porque é o caminho que queremos seguir. E por isso, todas as coisas que nos acontecem durante o seu percurso, serem da responsabilidade de uma escolha nossa. Escolher outro caminho, mesmo com possibilidades de correr melhor, não evitaria os possíveis problemas. E tínhamos de viver com essa decisão, que à partida era a melhor.
O que me acontece agora, é e será sempre o resultado de uma decisão do meu presente e nunca por uma escolha do meu passado.
Por isso, quando tenho de enfrentar algo que me dê mais trabalho a resolver, nunca poderei me desculpar por optar viver assim. Mas sim, por viver a vida que escolhi sem dar tudo o que consigo.
Saber que poder também é querer, então eu quero viver esta vida porque posso ser feliz.
E feliz daquele que a vida deixa uma porta por abrir...