Quando numa mesa, se consegue por pratos com comida e pessoas à volta, existe uma coisa que sempre surge nesse momento. E essa coisa faz parte desse momento, porque nunca vi a uma mesa de refeições não surgir uma boa conversa.
E quando se almoça ou janta, existe sempre um tema para uma conversa, mesmo que nesse momento as pessoas que ali estão não se conheçam. Costumo pensar que todas as guerras e disputas poderiam ser resolvidas com as pessoas sentadas numa mesa com comida, porque enquanto comiam e bebiam iriam perceber que talvez tivessem mais em comum do que pensavam. Por isso, todas as discussões durante uma refeição costumam terminar num brinde. E mesmo, que por vezes não se concorda, ninguém se levanta da mesa por uma questão de educação.
Neste momento social de partilha, onde se fica a conhecer melhor as pessoas, muito se aprende. E por vezes o conhecimento que recebemos acerca de algum assunto é de tal maneira surpreendente, que não levamos a sério o que por vezes poderia nos enriquecer como pessoas. É claro, que as garrafas de vinho têm influencia na veracidade de alguns temas e nos ouvidos dos que deviam acreditar e já não têm capacidade racional para aceitar um possível bem intelectual. Mas como nem tudo o que pode luzir é ouro, mais vale ficar de pé atrás acerca de qualquer facto que fuja a sua normalidade.
Sei que o faço também, mas por vezes por uma questão de curiosidade, investigo em fontes diferentes um qualquer facto que me parece mais interessante. Nesse sentido, e num jantar entre colegas, surgiu no ar uma frase que gravei na minha mente: " As galinhas são dinossauros". Se na altura me pareceu ridículo o sentido da frase, depressa me pareceu interessante perceber o que era uma galinha.
Seria um dinossauro?
Parecia difícil de aceitar essa definição de galinha, mas após uma pesquisa pela web, surgiu como um dos possíveis resultados uma noticia com o seguinte titulo:
"Galinhas descendem dos dinossauros T-Rex"
Fiquei um bocado surpreendido,e percebi que aquela frase sem lógica era baseada em factos científicos. Afinal era conhecimento puro e não divagação inspirada por uma garrafa de vinho. Reparei que tinha perdido a oportunidade de poder explorar um tema, só por o ter achado surpreendente e um bocado inesperado para a altura. E também porque os temas debatidos não englobavam, nem galinhas e nem dinossauros.
Da próxima vez que estiver a tentar acabar com uma guerra numa boa refeição, bem regada com o néctar dos deuses. Vou ter em atenção, se algum dos meus comparsas daquele momento de pura confraternização social, não me explica como consigo eu fazer a multiplicação da felicidade. Se alguém durante estes momentos me dizer que ser feliz é comer e beber entre amigos, eu vou ter de acreditar. Porque se existe momento em que podemos estar bem, então é estar com as pessoas que gostamos a fazer aquilo que nos faz sentir bem.
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