segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Viagem sem destino.

Num dia triste, de chuva miudinha e fria, começa a viagem. Mais um dia de paragens e arranques. Eu cá vou tocar no botão para sair na próxima paragem. Mas não sei se é esta a paragem em que quero sair, arrependo-me e continuo a viagem. Olho pela janela, o céu está inundado de pouca cor, fico preocupado com a tristeza que me invade a alma.
E assim pareço estar a incomodar todos os que fazem esta viagem comigo e sinto necessidade de fazer algo, e penso...Mas o frio aqueceu a minha capacidade de raciocínio. Não acredito, que fui invadido pela melancolia invernal.
Tenho mesmo de terminar esta viagem, vou sair na próxima paragem.
Chegou a paragem, começo a levantar-me para sair...e a porta não abre. Fico parado a olhar para ela e ela continua fechada. Fico triste, e começo a sentir-me mal. A cabeça começa a andar á roda...sem forças, o meu corpo deixa-se vencer pela gravidade. Caído no chão, sinto que fui vencido pela minha incapacidade de decidir o meu destino. As paragens e os arranques desta viagem tornam a minha indecisão mais forte. E a desculpa vai sempre sendo a mesma, lá fora chove e faz frio.
Acordo, e sinto uma luz a invadir-me o rosto. Sinto-me bem! Levanto-me, e olho em volta. O céu continua triste e os rostos dos meus companheiros de viagem começam a ficar cansados de tanta tristeza. Começo a procurar a luz que me fez sentir bem, e não a encontro. Fico preocupado por não a encontrar.Sinto que vou desistir de a procurar, e fecho os olhos aceitando a derrota.
Como um soldado vencido numa batalha, olho para o céu...perdido num olhar profundo.
E com os olhos no céu a minha viagem continua num pára e arranca continuo, esperando encontrar a minha paragem...

domingo, 28 de novembro de 2010

O mundo em bocados...

O meu mundo é feito de bocados...muitos bocados. Ou bocados a mais!
Existem os bocados maus e os bons. Existem bocados deste mundo que até eu tenho medo da sua existência, por isso não os queiram conhecer. Muitos deles servem para me mostrar o fraco que sou como pessoa (Estes podem conhecer). Os melhores fazem de mim um bom homem. Esses eu quero que conheçam, pelo menos uma vez...ou de vez quando.
O meu mundo deveria ser levado a tribunal,ser julgado pelos seus maus bocados.A pena teria de ser severa! Veio-me a ideia uns quantos castigos ...pronto, lá estou eu a ser mauzinho. Mi castiga! TAU!...TAU!...
Desculpem, foi o entusiasmo.
Não me julguem! Por ter só maus bocados.
Julguem! Os meus melhores...não! Todos aqueles que não são maus. E não julguem uma vez, julguem-me sempre...
Obriguem o meu mundo de bocados a estar sempre em tribunal. O julgamento do meu mundo têm de ser constante, para que eu não desista dele...como um bom bocado que pode ser sempre,e sempre terá de ser. Não tenho outra forma de fazer os meus bocados funcionar.
O meu mundo de bocados é por isso aquilo que me faz viver...é a minha força para a luta que é a vida. E a vida de qualquer ser humano é o seu bem mais precioso...não há riqueza melhor. Acreditem que a vontade de viver transforma qualquer pessoa, no ser mais poderoso que pode haver. E o amor pela vida ganha guerras...
E viver é?...
Ganhar a luta...sim lutar! Para que possamos ser felizes...pelo menos um bocado do nosso mundo.

sábado, 20 de novembro de 2010

A amizade e o amor...

Esta é a história de uma relação que começou com uma brincadeira e se tornou num caso sério de amor eterno.Parece esquisito que isto aconteça, mas depois de acabarem de ler, irão perceber que pode acontecer a qualquer um.
Numa mesa onde estão sentados várias amigos a conversar, um homem e uma mulher estão calados. Ambas olham um para o outro.O olhar que lançam um ao outro é profundo. Parece que estão noutro lugar qualquer, mas quando fixam o olhar um no outro, parece que são uma só pessoa. Noutra mesa alguém repara, e pensa que pode ajudar aquelas duas pessoas. Nisso chama o empregado e pede para ele entregar um papel a mulher.
Ela lê o papel e nesse instante levanta-se e vai-se embora. Todos na mesa ficam espantados. E de repente o homem levanta-se e vai-se embora também. Um olhar de interrogação percorreu todos os outros e sendo eles amigos á muito anos, então pairou no ar uma nuvem de preocupação. Começaram a falar no que tinham dito, ou não dito para tentar achar algo tivesse provocado tal atitude.
Passou uns tempos, e aqueles dois amigos deixaram de partilhar momentos com os outros amigos que estavam a conversar naquela mesa. O tempo foi passando, mas a saudade daqueles momentos passados a conversar foi aumentando cada vez mais.
Então os seus amigos tentaram que todos se voltassem a encontrar. Foram falar com eles porque queriam saber o que tinha levado aquela situação, mas a resposta era sempre a mesma. Ele dizia que se tinha ido embora porque ela tinha saído zangada com ele, e ela dizia que saiu porque ele era um estúpido. Aquelas justificações não tinham ponta por onde se pegasse, por isso uma das amigas disse a mulher que era inaceitável que ao fim de tantos anos de amizade, ela tinha chegado a conclusão que o seu amigo era um estúpido. Nisto a mulher diz que não se foi embora por causa do seu amigo, mas sim por causa do estúpido de um homem que lhe mandou o bilhete. Vendo que aquela situação tinha provocado um mal entendido, foi falar com o homem.
Quando estava a falar com o seu amigo a explicar o porquê de se ter ido embora sem mais nem menos, sentiu algo...como nunca tinha sentido. Parecia encontrar nas palavras o que sentia quando olhava para o seu amigo de longa data.
Depois daquela conversa a relação delas ganhou asas, e por muitos anos assim continuou a crescer. Para que se tornasse num amor daqueles que é para o resto da vida. Mas o que poderia ter aquele bilhete escrito, que levasse uma mulher a pensar que um homem é estúpido quando ele apenas queria ajudar. Que palavras mágicas poderão ser escritas que levem dois amigos a amarem-se para o resto da vida.
Passados alguns anos, estavam todos na mesma mesa e o empregado entrega um bilhete a mulher. Nisto todos olham para ela...
Ela lê o bilhete e larga um sorriso. Olha em volta e pára o olhar no homem que ama...o seu olhar é de mulher feliz e amada. Tudo porque a alguns anos alguém escreveu num bilhete que ela era a mulher mais feia do mundo e que agora se tinha transformada na mais bela de todas...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

No fim...existia o principio.

A essência de um texto está no seu fim. O final de um texto é o seu clímax!
Quando começo um texto, nunca sei se termino. A duvida que mantenho ao longo da sua criação faz-me ser mais criativo e ao mesmo tempo torna-me mais impotente...
Mas para que preciso eu de dar um fim a tudo.
Quando se escreve, as palavras costumam brotar como belas flores num prado, por isso não quero arrancar essas flores. Quero continuar a escrever, fazer crescer milhares de flores...
Mas o que escrevo não é belo para mim. A beleza está na sua leitura, no sentimento que as palavras provocam. Se numa frase dou alegria a quem a lê, esse sentimento faz-me sentir triste. A minha tristeza é pensar que as palavras que juntem numa frase, fazem quem as lê sentir-se feliz naquele momento. Quando o que mais desejo é que todos nós consigamos ser felizes, sempre...
Como podem ver, o fim deste texto é inseguro. Mas... o seu clímax pode ser encontrado?
Se não lhe dou um fim, então... onde se pode encontrar essa sensação de bem estar?
Eu acredito que ela não esteja neste texto, não por não ter fim, mas porque as palavras que aqui aparecem escritas servem apenas para me fazer sentir descansado.
Sim! Descansado quando sei que ninguém lê o que escrevo, estando triste...
As pessoas que lêem este texto e todos os outros que já escrevi, e irei escrever...não procurem a alegria nos meus textos.
O que escrevo serve para me dar forças na luta constante em ser feliz todos os momentos.
Espero por isso, que a força que obtenho na sua escrita, seja milhões de vezes superior na sua leitura.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Serei...o escritor?

Vou escrever estas palavras, de maneira que não pensem em mim como um "espécie" de escritor. Este texto só têm um único sentido, o de desmistificar-me a mim mesmo.
Assim vejamos.
Sei escrever!
Grande treta que me conto a mim mesmo e por vezes a outros.
Tenho imaginação!
Sim tenho, mas imagino-as nuas...
Com isto penso que está tudo dito acerca de mim.
Ou não?
"No ar fica a palavra que foi dita e na alma esconde-se a beleza dessa mesma palavra. Posso tentar pôr as palavras belas, mas a sua beleza está em nós...Na vontade de de me negar, posso querer me afirmar..."
Ou não!
Conclusão:
Para que quero uma arma, para matar ou me defender?
Por isso em legitima defesa digo...
Obrigada por lerem este texto.


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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um preocupado no país de sonho.

Estou preocupado!
Não com a politica deste pais desgovernado a beira mar, mas com a minha saúde mental. E porque será?
Como pode alguém estar mentalmente são, quando recebemos informações que só mostram que vivemos num País de Ali Bábás e uns tantos milhares de ladrões. Ninguém que viva em Portugal poderá pensar que as coisas vão melhorar daqui a uns anos. A tendência é para piorar, ou na melhor das hipóteses continuar na mesma...
Para mim o que mais me tranquiliza, é que durante um jogo de futebol a crise acaba.
E acaba mesmo!
Nem que seja durante umas horas ou dias, conforme o jogo e o resultado...
Mas isso do resultado só me preocupa se as equipas empatarem, porque nesse caso lá vamos ser nós bombardeados com informações dos vários saques, que neste país deixaram de ser espécie rara de acontecimento...
Para ser das coisas mais banais, que qualquer... mas qualquer um português faz. Desculpem! Mas nem todos fazem isso...
Isso não se passa na politica, nem na classe daqueles que a crise mais afecta (os ricos deste pais) e nem mesmo nos que vivem da caridade alheia. Quem rouba, isso sim, são aqueles que trabalham. Os que pagam impostos, aqueles que a crise nem perto deles passa porque têm emprego e assim podem muito bem pagar...mas pagar tudo um pouco. Desde o ordenado a quem nada quer fazer, como o ordenado aqueles que dizem que fazem muito e não fazem nada...
Desculpem! Esses senhores fazem muito, mas muito...mas o problema é que só pensam neles.
Não me alongando mais neste discurso, venho prometer que a minha esperança nesses senhores que governam é grande. Grande porque sei que eles vão conseguir melhorar muito... mas muito mesmo. E espero que os resultados de futebol melhorem...
Por mim, eu só acredito que tenho de dar á minha entidade patronal aquilo que ela espera de mim. E fico preocupado se não o conseguir fazer.
Por isso termino este texto com uma frase de alguém:
" Para te realizares como homem, o mais importante é saber ser...antes de o poderes ser."