domingo, 11 de dezembro de 2016

Espelho meu, espelho meu...quem sou eu.

O que vemos no espelho devia ser o que somos.

 Acreditar nisso é desistir de tudo aquilo que somos e podemos ainda ser, tendo assim de viver na dúvida. Não podemos acreditar que o reflexo do espelho é a pessoa que somos.

 Pensar que vemos alguém feio quando nos olhamos no espelho devia nos traquilizar o pensamento nas dúvidas que temos da pessoa que somos e pensar que a beleza que nós temos no interior será sempre suficiente para nos fazer sentir bem. O espelho vai mostrar sempre a pessoa feia e se nos contentarmos com isso iremos desistir da beleza que podemos ter como pessoa na sua plenitude. Se nós próprios não conseguirmos ver beleza no que vemos ao espelho, como queremos que os olhos dos outros não vejam só no corpo que temos tudo aquilo que somos como pessoas.

 Nunca acreditei que exista alguém que avalie os outros pela sua beleza interior e depois olhe para a sua aparência. Será sempre ao contrário e depende de nós próprios mostrar que por detrás de alguém feio existe alguém belo. Sendo alguém confiante sem medo do julgamento dos outros e pronto para enfrentar os outros sem receio podemos mostrar que mesmo com uma aparência sem brilho podemos irradiar do nosso interior uma luz imensa.  

 O que somos vamos construindo ao longo dos anos, com certezas e duvidas daquilo que somos como pessoas e nunca o espelho poderá deixar de fazer parte dessa construçao. Será sempre um peça importante no desenrolar da nossa vida, umas vezes para nos mostrar que podemos melhorar e outras para nos dizer que aquilo que vemos não é mais importante que aquilo que somos.

 O meu espelho mostra o feio, o gordo e o velho e eu só vejo as marcas da vida. O que sou nunca ninguém irá ver porque aquilo que os outros vêem será sempre um bocado de aquilo que sou...