quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O natal pode ser...

Eu gostava de conseguir descrever em três palavras o natal, mas não consigo. Para mim esta época não se descreve, vive-se e sente-se.
Quando em pequeno a vivi, senti muitas vezes tristeza e descontentamento. Porque depender de alguém para que através de uma prenda, na esperança que seja a que sonhamos, nos sintamos felizes. Então o mais certo é que a sua vivência se torne mais dolorosa, ao ponto de nos entristecermos com o facto do Pai Natal não se ter lembrado de nós, mesmo depois de nos termos portamos bem.
Esta magia perde assim o seu efeito e o natal, para quem acreditou na fantasia desta quadra, passa a ser a altura em que na mesa se encontra uma bela refeição e muitos doces. Deixando de acreditar que se vai receber como prenda um brinquedo, para se ter a certeza que vamos receber umas peúgas e umas cuecas.
Não que isto seja mau, porque quando nos habituamos a estas prendas o nossos sonhos passam a ter como cenário o degustar dos doces, que nesta época têm a horrível ideia de aparecerem nas mesas. Mesmo que andemos um ano sem nos apetecer comer esses horríveis doces que levam a que qualquer dieta fique esquecida, pelo menos nesta altura eles sabem muito bem e o prazer que dá trincar um sonho leva a que qualquer prenda que se receba seja sempre boa.
Para mim o Natal significa partilha, e não penso que nada substituía a nossa presença junto das pessoas que amamos pela maior prenda do mundo. Estar feliz junto destas pessoas a partilhar a nossa felicidade com eles, vale mais que que toda as prendas juntas. Isto não significa que eu não goste de oferecer prendas, mas sinto que elas têm que ter mais valor pessoal do que monetário. Uma prenda boa nem sempre é a mais cara, mas sim aquela que vai fazer a outra pessoa feliz.
Por isso se existirem três palavras para descrever o natal, elas tinham de ser: Felicidade, amor e muita fantasia...

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