Andava eu, lá pelos campos,
quando a Maria mandou para o céu:
"A cada cabeça seu chapéu,
a um costado cem mantos."
Imaginem o "Zé do corno",
ouvir tal coisa calado.
Dizendo sem cuidado:
" A cada cambalhota seu forno!"
Com isto, foi acontecer,
que a labuta fosse parar.
Para a Maria o mandar,
para o trabalho se cozer.
E o Zé sem se calar,
logo o troco lhe deu.
"- Vais tu e não eu,
e podes lá ficar.
Com os dois aos gritos,
a coisa se azedou.
Mas mal o patrão chegou,
ficaram ambos aflitos.
A faina logo recomeçou.
O patrão já lá estava,
nada mais se cantava.
E o dia, lá continuou.
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