Quando era pequeno o meu sonho era ser milionário.
Penso que se devia a condição económica em que os meus pais me criaram, nunca me faltou nada mas também não tinha tudo o que queria. Hoje, agradeço a educação que ambos me deram e é com os ensinamentos que recebi que educo os meus filhos.
Mas voltando a questão, de querer ser milionário....
Ainda hoje, essa premissa toma conta dos meus sonhos. E um exercício mental que elaboro de vez em quando, é pensar o que fazia com o dinheiro todo...
Acho que muitas pessoas têm de tal maneira estruturada esta questão, que pode até tornar-se obsessiva e mesmo doentia. O jogar na sorte de um jogo, onde as probabilidades são ínfimas, leva a que estas pessoas vivam momentos de grande ansiedade.
Não digo que não sinta tal sentimento, mas obrigou-me a pensar que nunca me vai sair essa dita sorte. Ajuda a lidar com o facto de que como nunca me saí, fique descansado porque também não era para me sair. Mas jogo quando preciso pôr essa possibilidade em cima da mesa das opções que podiam atenuar os problemas financeiros, que hoje em dia qualquer um de nós enfrenta. Mas quando tenho de verificar os números, começo sempre com o mesmo pensamento...
Não me saiu!
Mas, mesmo assim, verifico numero a numero a combinação sorteada e a minha. No mínimo duas vezes, ou mais quando surgem duvidas. No fim, com o resultado que já era esperado, rasgo imediatamente o papel com a minha chave. E faço-o com alguma fúria!
Acho que tenho de melhorar o exercício de pensar que nunca me vai sair. Ou então deixar de jogar...
Por isso ser milionário é mesmo um sonho. E quando mais penso assim menos tenho jogado, o que leva a pensar que tenho de melhorar a minha condição financeira. Não a espera de ter sorte, mas sim a fabricar a minha sorte.
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