Um dia gostava de acordar, olhar em volta e pensar...
Não tens nada para te preocupares hoje.
Esse dia não vai existir. Por isso, quando acordo, tento não pensar no que tenho que fazer nesse dia. E tento recuperar o que estava a viver no meu sonho, mas em vão tenho esse esforço. Ainda fecho os olhos, para que naqueles últimos cinco minutos que faltam para o despertador tocar pela última vez, consiga sentir novamente aquele momento de felicidade que sentia no meu sonho.
Não consigo, e depressa começa o martírio que é levantar de uma cama aquecida pelo calor de um corpo feliz. Após, muitos minutos de sonhos felizes, o nosso corpo aquece os lençóis, como se fosse um casulo. Mas quem acorda não é uma borboleta, mas sim a larva.
Depois de tentar levar a bom caminho um corpo que se nega a encarar o que o dia nos irá apresentar, ainda temos a possibilidade de recuperar esse bocado do céu que o sonho nos presenteou. Basta ligar o rádio do carro e estar a dar aquela música que entra pela alma, que logo nos quer aparecer uma imagem do que foi o nosso sonho. Mas depressa se interrompeu esse ultimo sopro de esperança em recuperar a memória do que foi viver sem nos preocuparmos, felizes e em paz connosco e com tudo. Tinha chegado ao sítio que me vai obrigar a ter o meu pensamento cheio de tantas preocupações, que nem um dos melhores sonhos de todos ajuda a ter vontade de suportar. Mas o dia de trabalho vai passar, e a noite vou dormir....
Sonhar...
Ser feliz....
Vou viver, despreocupado como nunca os momentos que o sonho me der. Pelo menos até acordar...
E começar mais uma luta contra o que ém-me dormir um bocado da vida de cada um de nós
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