As vezes precisamos de ouvir vozes, sem entender o que é dito. No meio das pessoas até posso estar sozinho, mas sinto que existo. Sentado ou em pé a multidão não cura a solidão, nem nos faz sentir felizes. Mas a presença dos outros impede que nos fechemos na nossa mente, sempre dentro dela mas com uma janela aberta para o que se passa lá fora.
O que nos afecta também nos segura a vida.
Mas pior do que estar preso, é não puder dislumbrar a liberdade. As grades deixam passar a luz do sol para que o preso dê valor ao que perdeu.
Por isso aqui estou preso no meio destas mentes livres, na procura da liberdade que perdi.
Sei que aqui posso encontrar o que quero, nada que foi meu e nunca será. Aquilo que me agarrou e que me cansei de segurar, o que me emparou quando estava a cair.
Não sei se os que me rodeiam procuram o mesmo, mas eu quero voltar a ter força para me agarrar a ela.
Quero ter força para enfrentar os desafios.
Quero ter força para acreditar em dias melhores.
Quero ter força para puder acreditar no amor de uma mulher.
Quero ter força para ajudar os que amo.
Quero a minha vontade de viver de volta. Vou segurar e dar valor à vontade de querer ser melhor comigo mesmo.
Eu não preciso estar sozinho, eu preciso estar bem comigo mesmo e acreditar naquilo que posso ser. Se já fui forte, corajoso e feliz.
Então ainda consigo. Só tenho de querer, acreditar em mim mesmo e não permitir que a minha mente me prenda.
Livres aqueles que pensam sem terem de fechar os olhos.
Livres são os homens que olharam para o horizonte e não pararam.
O caminho da liberdade é quando acreditamos que o raios de luz ainda nos podem iluminar.
Eu não estou preso e nem estou sozinho, apenas parei.
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Parado na minha mente
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