quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Eu consigo voar...

Na janela pendurando com os olhos postos no horizonte, sonhava com a possibilidade de voar por entre as nuvens que passeavam pelo céu azul e o brilho do seu olhar emanava alegria.
E perguntava a si mesmo, porque as andorinhas voavam tão baixo e faziam os ninhos nos beirados das casas se podiam voar pelos céus e fazer os ninhos nos cantos escondidos das nuvens.
No fundo de sua alma sabia que se quisesse podia voar...
Abrindo os braços com os dedos bem abertos, fechou os olhos. Ao baixar os braços inspirou todo o ar que podia e sentiu a leveza do seu corpo elevar-se pelos céus.
Os dedos pelo macio das nuvens roçavam e os seus cabelos voavam com o vento. Passava rasante por entre os vales e as montanhas daquele paraíso e via como ali se criava as cores com os raios de luz. Sentia frio quando o sol se escondia, mas logo a sua luz lhe aquecia o rosto. No infinitivo se fixava de uma viagem indeterminável...
Ali ficaria para sempre e no olhar de quem o amava, vê-la assim tão feliz, valia a pena aquele momento ficar para sempre...
Aquela imagem tinha de ficar pintada na memória de alguém que chora, ri e dá tudo que têm por aquela alma que abençoou a sua vida.
E numa cadeira ali estava de pé, braços abertos...
O vento e os seus cabelos como que dançavam ao som do brilho do céu...
Na mente de quem deseja felicidade, o sonho devia continuar até que o frio a fizesse voltar para o colo quente onde existe sempre calor para nos aquecer a alma que procura a paz.
Ali sentada ficou, ali sempre estaria à espera e sempre pronta para para nos braços receber...

Sem comentários:

Enviar um comentário