Por isso, pensei que se escrever sobre este facto talvez me ajude a dar a volta a questão. Não que substitua os medicamentos, mas pode ser que me acalme a alma.
Sei que neste momento a dor que sinto não se compara a dores de outras pessoas, nem quero comparar, porque a dor de cada um é única e não têm comparação possível. Mas preciso de a descrever para que assim nas palavras ela fique, e assim a minha alma possa sorrir de novo.
O meu corpo anda-me a disser que devo cuidar dele e faz-me sentir que o mundo aos meus pés me pode fugir, por muito peso que eu tenha não o consigo segurar com os meus pés. Não sei se a vida pode ser contada pelos quilos que se têm a mais, se assim fosse já estava reformado.
Os momentos felizes passados a mesa nunca se lembram de que, por muito que o organismo se sinta bem, tudo têm um limite. E acho que tenho me esquecido de que o prazer em comer, é comer bem e não muito.
Penso que o "amanhã" tudo cura, mas é no "hoje" que temos de resolver as coisas que tornam o nosso viver ainda mais penoso. Eu já comecei a dialogar com a alimentação no sentido de a tornar menos nociva ao meu organismo, mas vamos ver no que dá esta conversa entre a vontade e o prazer.
Para já deixo aqui o relato do que têm sido o obstáculo para que a minha imaginação não se sinta fértil.
As ideias são como as lâmpadas sem energia eléctrica não trabalham, e eu tenho sentido-me sem energia, oco e por isso a minha vontade de viajar pelo meu mundo de fantasia não resiste a minha preocupação por aquilo que sou e não devia ser...
Espero que com estas palavras consiga encontrar o caminho para encontrar a estima que tinha por aquilo que já fui.
Eu sei que sim, tenho de acreditar que sim...
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