I
SE ÉS HOMEM VALENTE
E SABES O QUE FAZES
VAI TUA À FRENTE
E NÃO MANDES OS RAPAZES
II
NÃO TENHAS LINGUA DE MATUJA
NÃO PASSES A VIDA A LAVAR
ROUPA SUJA
III
PARA DOS OUTROS EXIGIRES
CUMPRE PARA
FAZERES CUMPRIR
IV
BEM SEI QUE ÉS BOM MANDADOR
MANDA PARA EU DANÇAR
AQUI MANDAS BEM
MAS EM CASA OU NOUTRO LADO
ÉS MANDADO
V
TODOS FALAM EM MURMURA
SÓ EU NÃO A VI
ALGUNS FALAM DOS OUTROS
NÃO OLHAM PARA SI
VI
NÃO ME CHAMES ABREU
SÓ DEVES FAZER CRITICAS
QUANDO PASSAS
MELHOR QUE EU
VII
À PESSOAS BOAS? MAS SÓ DEMOSTRAM...
E MAL SE DESCUIDAMOS
FERRÃO-NOS A FACA NAS COSTAS
VIII
A VIDA SÃO DOIS DIAS
E VIVEMOS PARA VIVER
DEVEMOS DE FAZER
A NOSSA VIDA
E NA DOS OUTROS
NÃO SE METER-MOS
IX
SEJA POBRE, SEJA RICO
OU MESMO ARREMEDIADO, CADA QUAL
GOVERNA A SUA.
E ESTÁ TUDO ACABADO
X
AQUI VAI ESTES VERSOS
PARA NÃO OFENDER NINGUÉM,
QUEM USAR A CARAPUÇA
NÃO LHE FICA NADA BEM.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
PROZA DE MEU PAI
UMA PROZA
Quando Deus formou o Mundo,
Palácio de grande altura,
muita gente lá penou,
outras forão para a sepultura.
Casa cheia tem fartura,
quem redobra tem seus sarilhos
correm as galinhas ao milho e na culpa ficam os pardais.
Todo Burro tem atafais, também tem estribos,
toda a gente vende figos para a calante das Raposas.
Lá no Mar andam Alcatrozes, também andam Gaivotas.
Ò Rapaz das pernas tortas, todos te chamão canejo,
vai-se as sezões com o desejo e a Frida com o inguento.
O moinho mói ao vento
a teia faz a aranha
ai que cantiga tamanha, que não tem cabo nem fim.
È um ramo de alecrim que se dá aos bens casados,
se eles forem unidos
por Deus serão ajudados
se forem mal unidos
por Deus serão castigados.
Faz-se as armas para os soldados, também para os caçadores.
Meninas que tem amores, ligeiras tem de andar
fez-se a gaita para tocar,
o pente para a cabeça
menina não enlouqueça, que feliz pode ser
todos dizem eu também digo,
que tem um tamanho seio, um nariz de quatro palmos e meio,
que dá para a bigorna de um ferrador,
cabeçalho de um carro ou queijado de um pastor.
João Libanio Miranda
Quando Deus formou o Mundo,
Palácio de grande altura,
muita gente lá penou,
outras forão para a sepultura.
Casa cheia tem fartura,
quem redobra tem seus sarilhos
correm as galinhas ao milho e na culpa ficam os pardais.
Todo Burro tem atafais, também tem estribos,
toda a gente vende figos para a calante das Raposas.
Lá no Mar andam Alcatrozes, também andam Gaivotas.
Ò Rapaz das pernas tortas, todos te chamão canejo,
vai-se as sezões com o desejo e a Frida com o inguento.
O moinho mói ao vento
a teia faz a aranha
ai que cantiga tamanha, que não tem cabo nem fim.
È um ramo de alecrim que se dá aos bens casados,
se eles forem unidos
por Deus serão ajudados
se forem mal unidos
por Deus serão castigados.
Faz-se as armas para os soldados, também para os caçadores.
Meninas que tem amores, ligeiras tem de andar
fez-se a gaita para tocar,
o pente para a cabeça
menina não enlouqueça, que feliz pode ser
todos dizem eu também digo,
que tem um tamanho seio, um nariz de quatro palmos e meio,
que dá para a bigorna de um ferrador,
cabeçalho de um carro ou queijado de um pastor.
João Libanio Miranda
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